O texto original tinha pouco mais
de 06 páginas e durava cerca de 15 minutos e ficou por quatro anos na gaveta,
tempo suficiente para que meu filho já se interessasse por teatro. Surgiu,
então, a oportunidade de inscrever o espetáculo para ter apoio da Secretaria do
Estado de Cultura, o que deu certo e garantiu que pudéssemos produzir a
montagem do espetáculo.
Então, o projeto O REALEJO MÁGICO
foi retomado, tendo como base o único texto produzido, para ser completado
pelos outros 3 argumentos que nunca foram trabalhados. O texto O CONTO QUE
CONTA O CONTO DE UM SONHADOR foi reformulado e novos personagens surgiram para
trazer uma nova dinâmica para a peça.
Nasce O REALEJO MÁGICO, UM CONTO
QUE CONTA O CONTO DE UM SONHADOR, que fala, antes de tudo, das questões
transcendentais da humanidade. A influência do grupo O Teatro Mágico
permaneceu, porém a obra O DIA DO CURINGA de Jostein Gaarder também passou a
fazer parte das inquietações deste trabalho, assim como o MITO DA CAVERNA, de
Platão.
A partir da história do menino
Miguel, preso durante toda sua existência em um sótão, passamos a questionar a
realidade e a própria existência. Incentivar a imaginação é falar do quão
poderoso pode ser o pensamento, a ponto do sonho e a realidade de tornarem uma
só, sem se esquecer da esperança.
O Projeto enviado para o Governo
do Estado foi por elaborado por mim, assim como o texto, porém pedi para que a
atriz mais experiente do grupo dirigisse este trabalho, sendo assim, este o
primeiro texto que escrevi que não seria dirigido por mim. A atriz, Patrícia
Martins, além de ser excelente e dedicada é minha parceira fundadora da Cia
teatral, além de ter feito parte da turma de alunos que em 2008 estudou o texto
original.