quarta-feira, 25 de julho de 2012
FOTOS DA APRESENTAÇÃO NA VILA APARECIDA
fotos da nossa APRESENTAÇÃO na VILA APARECIDA | ITAPEVI | SP - Na Casa da nossa amiga ANA CLÁUDIA AGUIAR.
sexta-feira, 6 de julho de 2012
UM MAR DE COMPLICAÇÕES, BUROCRACIAS E MÁ VONTADE
Trabalhamos duro e chegamos a um
projeto sustentável, nosso custo seria de R$ 3,02 por espectador. Mostramos
nosso projeto para muitas pessoas e diversas delas se mostraram muito
interessadas.
Precisávamos apenas de uma coisa:
a liberação das ruas. Fomos até o CIRETRAN e nos informaram que não poderiam
autorizar, que deveríamos enviar um ofício para o Paço Municipal, para que o
Paço desse o aval. E foi o que fizemos. Não protocolaram nosso oficio, mas
entregamos o Ofício, Projeto, Relação de Ruas, Modelos de Material de
Divulgação, Carta de Intenção e tudo mais que pudesse deixar claro nossos
objetivos.
Tivemos elogios, promessas e o comprometimento de levar a questão para a própria Prefeita. Pelo que me pareceu, apenas ela poderia me autorizar a usar as vias públicas para apresentarmos gratuitamente nosso espetáculo, mas demoraram duas semanas para nos encaminharem para outro departamento.
Mais elogios, promessas e orientações sobre o não envolvimento político, mas se esquecem de que todo artista é naturalmente politizado, mas não somos partidários, nossa política é cultural. Após quase um mês de viagens perdidas e telefonemas sem encontrar as pessoas que procurávamos, nos reunimos e chegamos a pensar em desistir.
Tivemos elogios, promessas e o comprometimento de levar a questão para a própria Prefeita. Pelo que me pareceu, apenas ela poderia me autorizar a usar as vias públicas para apresentarmos gratuitamente nosso espetáculo, mas demoraram duas semanas para nos encaminharem para outro departamento.
Mais elogios, promessas e orientações sobre o não envolvimento político, mas se esquecem de que todo artista é naturalmente politizado, mas não somos partidários, nossa política é cultural. Após quase um mês de viagens perdidas e telefonemas sem encontrar as pessoas que procurávamos, nos reunimos e chegamos a pensar em desistir.
O tempo estava ficando cada vez
menor, nossos patrocinadores tiveram que retirar suas intenções, uma vez que
não mais existiria a possibilidade de utilizarmos as vias publicas para
realizarmos as apresentações.
A decisão foi extremamente
difícil e nem todos concordaram, mas decidimos que, como artistas, não poderíamos
deixar que coubesse a Prefeitura Municipal decidir o que pode ou não ser
considerada arte em nosso município. Não podemos admitir qualquer tipo de
censura ou limitação artística, por causa de burocracia ou má vontade de
alguns.
O projeto HOJE TEM TEATRO, SIM
SENHOR! foi reformulado, pois, deste e de outros, perdemos uma atriz e,
consequentemente nossa diretora geral precisou assumiu a tarefa. Decidimos que,
se não podemos utilizar as vias públicas de nossa cidade, seja pelo motivo que for,
não devemos nos calar. Porém não vamos brigar se não temos a rua, temos a minha
casa para realizar minhas apresentações e a casa de meus atores. E assim,
percebemos que existem outros lugares dentro de nossa cidade que podemos
apresentar.
Assim se inicia mais uma nova
adaptação do nosso projeto: não iremos mais apresentar nas ruas, mas sim em
garagens: na minha, nas dos meus atores, dos meus amigos, nas dos amigos dos
meus amigos e de todos que abrirem suas portas. Nossos números diminuíram, mas
não nossa vontade ou nossa força, agora serão 30 bairros e 45 apresentações não
conseguiremos acomodar 100 pessoas, mas todas que couberem nas garagens. E
assim, levaremos nossa arte e nosso exercício reflexivo a quem estiver disposto
a abrir seus portões para nossa peça e aqueles que estiverem dispostos a nos
ouvir.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
O PROJETO HOJE TEM TEATRO, SIM SENHOR!
Terminaríamos nossa parceria com
o Governo do Estado em junho e estaríamos com um espetáculo INFANTO-JUVENIL
pronto. Do nosso anseio como artistas, tanto da Patrícia que dirigiu a montagem
do espetáculo, assim como eu que produzi, tínhamos o ardor de poder deixar em
cartaz a peça em nossa cidade, mas como fazer isso se a cidade de Itapevi não
conta com a menor estrutura?! Pensamos em diversas formas, principalmente no
fato de não existir um cenário cultural real. Se as pessoas, por diversos
motivos, não vão ao teatro, iríamos, então, levar o teatro até elas.
Criamos, então, no final de abril,
o projeto HOJE TEM TEATRO, SIM SENHOR! Com este projeto, pela velocidade em que
as coisas foram se desdobrando, não teríamos condições de buscar qualquer lei
de incentivo e queríamos colocar em cartaz em nossa cidade já no segundo
semestre. Os dois meses que se seguiram foram de intenso trabalho.
Montaríamos uma tenda que traria
aos espectadores todas as características da caixa cênica. O espaço seria todo
escuro por dentro, teríamos sonorização com o som vindo do palco, toda a
execução de uma delicada dramaturgia de luz, cortinas, cenários, do lado de
fora a grafitaríamos de forma que, também por fora, se assemelhasse com um
edifico teatral e dentro desta tenda seriam acomodadas cem pessoas. Esta tenda
seria montada em ruas de 42 bairros da cidade de Itapevi. Escolhemos ruas
planas, que não tivessem linha de ônibus e que, se possível, fossem próximas de
praças. Realizaríamos as apresentações aos domingos, em quatro horários
diferentes, pois nosso maior objetivo é a democratização do acesso aos produtos
culturais. Pensamos: “o espetáculo foi montado com apoio do Governo do Estado,
então porque não oferecermos este produto cultural para nossa cidade? – Vamos
buscar patrocinadores para garantir a temporada e apresentar!”. Seriam no total
100 apresentações em 42 bairros e cerca de 10.000 espectadores.
A pedido da Diretora Geral,
Patrícia Martins, passei a colaborar na direção de cena, para garantir uma nova
dinâmica, agora que o espetáculo estaria se destinando a uma nova perspectiva,
em uma temporada tão grande em tão curto tempo.
A duas mãos, o espetáculo ganhou
uma nova energia, para as crianças que assistirem encontrarem um espetáculo
alegre, cheio de cores e dinâmico e, para os adultos, um espetáculo instigante
e reflexivo.
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